quarta-feira, 2 de setembro de 2009

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A menina não acreditava como era possível sua tristeza se diluir com o poder de um olhar, de um sorriso desconhecido pela razão, mas acolhido pelo coração, como velhos amigos.
Bendita hora em que ela resolveu que ficar em seu mundo fechado num momento difícil não era a solução, e decidiu aceitar o convite do príncipe.
Ele a convidou, mas ela estava tão triste com as peças que a vida prega, que teve a capacidade louca de pensar duas vezes...mesmo assim resolveu apostar numa tentativa com sonhos de minutos de alegria e distração. Bem apostado!
Realmente a vida pregou peças naquela ingênua menina! Mostrou que não só prega peças tristes, consegue surpreender o coração com um brilho estranhamente colorido nos momentos mais improváveis.
Naquele lugar, ela sabia que era apenas mais uma, que ele nem a via, mas o simples caminhar dele de um lado a outro no pseudo País das Maravilhas, já maravilhou o coração da menina com aquelas incansáveis borboletinhas sumidas há um tempo, embaladas por feixes de luzes coloridas no ar...
Cada gesto singelo, sorriso, olhar ao acaso daquele príncipe...cada detalhe arrancava um sorriso do seu bauzinho de sentimentos que apelidaram de coração. E ela não sabia como reagir, mas deixava seguir, levada pelo vento das asas das borboletas.Até o fim!
Seu olhar era puro, tanto quanto nunca havia sido antes. Era indizível cada sensação em seu misto delas.

"E foi então que aconteceu
Você me viu olhar
E veio em minha direção
Sorrindo disse: Olá"

Ela não podia negar, o medo se fazia presente, mesmo que discreto. Era mais fácil se entregar ao conforto do que já era estabelecido. A razão solicitou uma 'fuga', seu coração pediu pra ficar. Se recusou a sair e se agarrou com toda força às flores.

"...Mas eu não quis ir embora, não podia ir embora.
Como se nascesse ali um amor absoluto pelo homem que eu vi.
Poderia lhe entregar meu coração.
Alma, vida e até minha atenção."

Até que ele disse à ela: 'segura minha mão? E deixa que meu coração guia o resto!'

Desobedecendo a razão, perseguida por um discreto medo e sensação de já ter lido o livro, seduzida por uma lua crescente, pisando em delicadas pétalas...
E ela arriscou!

5 comentários:

Lara Cervasio disse...

Aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!
Que saudade de ver esse blog com nova postagem.
Vi agora, quase na hora de sair e tive uma surpresa agradabilíssima. :)

Pena que não posso ler agora, mas em breve comentarei a respeito do post.

Te aodor MAry.
Beijãozão.

Alexadre Borges disse...

Assim, eu ia fazer drama porque você apagou (sem querer) o comentário do post passado...



....

Mas isso daqui está tão bom que não dá pra não vir comentar..

E dizer o orgui que tu é.. hehe

Dunlop disse...

QUe história linda Mari,
meu sonho viver uma história assim =)


Bjãozãoooooooooooooooo Princesa mais linda do universo

Cah disse...

Incrivel como vc!
Linda historia..
oh s2..

bjooO

Lara Cervasio disse...

Linda a história Mary. É assustador a forma que você erscreve e consegue fazer-me arrepiar.
Suas palavras, por mais simples que sejam, formam textos magníficos, que me fazem pensar, cada vez mais, na minha vida.

Queria ser essa menina. O medo se faz presente e nad adiscreto em minha vida. É aí que fica difícil, né???

Beijos