quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Detalhes tolos por uma mente confusa.


Depois de uma taça e meia de um desconhecido e um tanto forte vinho tinto seco, ela percebeu que aquela situação banal e patética estava realmente insustentável. A todo instante mínimo que passava ao lado dele, sentia detalhadamente seu cheiro. Não que ele estivesse com muito perfume, mas ao seu lado, estranhamente conseguia perceber um cheiro que era exclusivamente característico dele, e ao qual fazia uma patética questão de sentir.
Apesar de esforçar-se, ou talvez se iludir em esquecê-lo e fingir ser indiferente, se portava como uma imbecíl ao seu lado; e sabendo que até deixava transparecer seus sentimentos, tentava disfarçar e piorava.
Uma troca de olhares avassaladora e pronto! Tudo estava de vez perdido. Se o interesse não fosse recíproco haveriam, porventura, tais olhares esfuziantes e desejosos? Certamente não. Com olhares daquela intensidade, impossível a ausência de desejo de ambos os lados. Seu olhar sedutor lançado a ela não enganava nem aos mais desapercebidos. Por mais que disfarçasse, o interesse, o desejo era notório. E por mais notório que fosse, a dúvida ainda era um tormento em sua fértil mente feminina.


Tudo extremamente [e simplesmente] confuso.


~]

4 comentários:

Mr. Durden disse...

Por acaso ele (o texto) se trata de uma autobiografia ou trechos de experiências próprias?
No need to answer, just handle me a glass of wine.

JAD disse...

sim e meio confuso... mas me identifiquei muito...nao com a cena, mas com trechos dela. AdOrei!

Anônimo disse...

nunca me canso de notar que seus textos possuem um certo toque de insanidade, não pelo vinho nem pelo rapaz mas pela necessidade de auto-afirmar o cheiro dele até mesmo na enternet, ou na sua cabeça?

Bizcoito disse...

"E por mais notório que fosse, a dúvida ainda era um tormento em sua fértil mente feminina."

eu não vou nem tentar dizer nada,
por que não tem o que dizer!!

grande bjo, adorei o blog
e deixa de ser envergonhada e
me mostra seu textos, Rhun!
bjos